“Com a presente obra, o Tenente-General Miguel Júnior dá um outro passo importante no seu processo de maturação enquanto investigador, […] para se abalançar num voo teórico no domínio da grande estratégia externa, tomando como base a “estratégia total” da África do Sul, o mais poderoso agente internacional na África Austral. […] O General Miguel Júnior chama a atenção para um aspeto particular e original da estratégia total da África do Sul: a criação de um arsenal nuclear limitado. Seja permitida uma observação, […]. É que, do mesmo modo que falamos de uma “estratégia total” sul-africana, podemos igualmente falar de uma “estratégia total” de Angola, ou, para ser mais exato, do Governo de Luanda, […].
O Governo de Luanda pode gabar-se de ter sido o único que conseguiu gerir com sucesso um processo de várias décadas, com muitas reviravoltas e golpes de rins, com uma articulação difícil entre os níveis interno e externo e entre as estratégias sociais, económicas, diplomáticas, militares e outras. […] A África do Sul do apartheid dizia ter uma “estratégia total”; tinha, mas falhou; em contrapartida, o Governo de Luanda acabou por ter sucesso na sua “estratégia total”, mesmo sem lhe dar oficialmente esse nome. É difícil encontrar em África outro exemplo de uma liderança tão duradoura, firme, flexível, pragmática e... vitoriosa, coisa que, embora na Europa muitas vezes não seja entendido assim, é o fundamental.”, 2017, António José Telo
Descrição
Prefácio: António José Telo
2017,  Miguel Júnior.
Características
1ª Edição - Outubro, 2017
Características da Capa: Capa mole com badanas
Formato: 155 x 235
Páginas: 192